quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Revista Madeleine - Sexo sempre incrível: saiba como





Um dos maiores desejos do ser humano é poder ter um sexo incrível, viver os prazeres que este ato proporcional. Mas como e porque existe esta dificuldade?

O sexo com prazer é uma das maiores dificuldades do ser humano, primeiramente por ser um tabu, visto muitas vezes como algo sujo, amoral e desrespeitoso. Ao mesmo tempo, nos dias de hoje recebemos enxurradas de informações e receitas sobre o sexo e o orgasmo.

Essa ambiguidade é uma das questões que mais aflige e confunde o ser humano no que se refere entregar-se a este prazer.

Primeiramente é necessária a disponibilidade física e psicológica do casal. Fisicamente o corpo precisa estar saudável, isso não significa estar com um corpo perfeito, em uma visão estética. Psicologicamente dizendo, esta mente precisa estar aberta a mudanças sobre o conceito de pecado, amoral e sujo que recebemos a vida toda sobre o sexo.

Além disso, é necessária a sintonia do casal. Estar em sintonia, sexualmente dizendo, não significa dizer que deva existir o amor para existir o prazer, esta é uma das grandes confusões e busca do ser humano. Pode sim acontecer, mas não é regra.

A sintonia é o encaixe no beijo, no toque, nos desejos... É ter liberdade de dizer não para o desprazer e dor, liberdade para pedir o que excita e acima de tudo, é entregar-se, perder o controle e permitir que o prazer aconteça.

Tendo a disponibilidade para a entrega ao prazer e a sintonia do casal, ainda tem um elemento importantíssimo, que é o conhecimento do corpo. Conhecer o corpo, suas zonas erógenas, suas sensações é uma característica importantíssima para que o sexo seja incrível.

Para o homem é mais fácil, até porque é na masturbação que acontece boa parte deste conhecimento. E para as mulheres, que vivem ainda o preconceito de se tocar?

É uma tarefa mais complexa, mas não impossível. Tocar-se não significar sentir apenas sua genitália, é tocar o corpo por inteiro, e perceber onde causa prazer e desconforto. Sentir sua genitália com o toque dos dedos ou de um vibrador, é uma maneira de estar em sintonia com seu próprio prazer e tendo prazer sozinha é o primeiro passo para ter prazer a dois.

Estar disponível para entregar-se, havendo a sintonia do casal e cada um tendo o conhecimento do seu próprio corpo são pré-requisitos necessários para que o sexo incrível aconteça.

Lingerie, posições variadas, artigos de sex shop, ambientes preparados e fantasias serão apenas um acessório, necessário, para que, com o tempo o prazer seja apimentado e desenvolvido na relação.

Fonte: 
http://www.revistamadeleine.com.br/2015/11/12/sexo-sempre-incrivel-saiba-como/

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Todo mundo precisa de terapia? Veja o que dizem os especialistas

Quem nunca ouviu esta frase: “todo mundo precisa de terapia”? É uma daquelas máximas que ganham o mundo e vão passando de boca em boca. Mas será que é verdade? A resposta é não. E a razão é simples: fazer terapia é uma questão de escolha e não dá para obrigar ninguém a isso, pois requer disponibilidade e comprometimento.

“Por outro lado, é fato que grande parte das pessoas viveu situações traumatizantes ou abusivas ao longo da existência e necessita de tratamento para encontrar novas formas de lidar com o que aconteceu”, diz Miriam Barros, psicóloga clínica formada pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) e psicodramatista formada pela PUC (Pontifícia Universidade Católica).

Os ganhos são enormes em termos de qualidade de vida, ela afirma. No processo analítico, você adquire autoconsciência e passa a se perceber melhor, prestando atenção nas escolhas que faz. Dessa forma, enxerga como estão seus relacionamentos e, a partir daí, toma atitudes mais saudáveis e construtivas.

Autoconhecimento

Na opinião de Marília Castello Branco, psicóloga dos setores de adolescentes e mulheres do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), todas as pessoas deveriam, sim, cuidar da saúde mental. “Mas existem diferentes maneiras de se chegar lá, a psicoterapia é apenas uma delas. E, apesar de extremamente benéfica, a verdade é que nem todos dispõem de tempo, disposição e vontade de fazer.”

Se você tem dúvidas se deveria ou não investir nesse recurso, considere que há duas formas de enxergá-lo: como tratamento ou forma de autoconhecimento. No primeiro caso, ele vem ajudar a resolver um ou mais problemas, da dificuldade num relacionamento a quadros específicos como depressão, ansiedade, fobia, pânico, envolvimento com álcool e drogas.

No segundo, a pessoa simplesmente recorre a esse instrumento para se conhecer melhor. “A pergunta que devemos fazer é: para que ficar sofrendo se existe uma maneira de lidar com os entraves da vida e, muitas vezes, transformá-los? Questões familiares, afetivas, de trabalho, na relação com o outro – tudo isso pode ser abordado, resolvido, aperfeiçoado”, diz Marília Castello Branco.

Encarando o problema, ele parece menor

É aquela velha história: muitas vezes, falando do obstáculo ou da adversidade, ele fica menor. “À medida que o indivíduo leva seu conflito para a sessão, tudo se torna mais leve e diminui o sofrimento. E, com o passar do tempo, o paciente adquire outras conquistas: autoconsciência, autoestima, autoconfiança. Através do olhar do profissional, percebe uma nova possibilidade de ser visto e valorizado”, explica Miriam Barros.

Antes de se decidir pela terapia convencional, é bom fazer uma reflexão para saber qual o caminho ideal. Todos nós temos o que a psicanálise chama de “subjetividade”. Só que cada um lida com isso de forma particular. “Há sujeitos mais verbais, com aptidão da palavra, que elaboram bem suas questões falando com um terapeuta. Outros são mais fechados, e talvez se deem melhor com trabalhos como arteterapia ou musicoterapia. Há, ainda, os que, para manter a saúde mental, buscam a religião ou práticas como meditação, ioga, contato com a natureza. Enfim, o importante é procurar o que é mais proveitoso para você”, aconselha Marília Castello Branco.

Fonte:
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/11/09/a-terapia-nem-sempre-e-uma-escolha-mas-pode-ser-o-melhor-caminho-para-se-conhecer-melhor.htm

domingo, 6 de setembro de 2015

6/9 - Feliz Dia do Sexo


Que sexo é bom quase todo mundo sabe. No entanto, além de prazerosa, a atividade também pode ter efeitos positivos para o corpo e a mente. De acordo com a terapeuta transpessoal e especialista em sexualidade humana, Antonieta Mazon, fazer sexo garante bem-estar e oferece diversos benefícios, como melhora do sono e da aparência, combate ao estresse, diminuição da fome e até proteção contra gripes.

"Durante a atividade sexual, um grande potencial de energia é acionado, gerando uma descarga energética capaz de relaxar e diminuir a ansiedade. O ato libera hormônios que promovem sensações prazerosas, podendo gerar expressões faciais e corporais que traduzem estados de felicidade e alegria. Os cabelos ficam, em geral, um pouco mais volumosos. É por isso que quando estão excitados ou depois que fazem sexo, os parceiros costumam apresentar aspecto mais saudável e vivaz, contribuindo para que ambos se sintam mais belos e atraentes", esclarece Antonieta.

Há pesquisas em andamento que relacionam a maior frequência sexual à redução de infartos, à diminuição de derrames e à menor incidência de câncer de próstata. O sexo também pode diminuir a fome, pois durante o ato ocorre a liberação de um tipo de anfetamina que regula o apetite.

"Os benefícios não param por aí. Quando somos estimulados pela dose adequada de atividade sexual, o sistema imunológico pode funcionar melhor e proteger o organismo de forma mais eficaz contra gripes e resfriados. Existem, também, indicativos de que a cicatrização é mais rápida para quem pratica sexo regularmente", informa a especialista.

SEXO TAMBÉM É BEM-ESTAR

Durante a excitação, a mulher produz o estrogênio e o homem, a testosterona, hormônios que preparam os parceiros para o ato sexual. Diante desta inundação de substâncias químicas, a circulação sanguínea aumenta, o coração acelera, os pêlos eriçam, a pele enrubesce e a região genital se dilata, devido à grande concentração de sangue.

Nessa hora, outra substância começa a ser liberada no organismo: a endorfina, responsável pela sensação de prazer e satisfação. A liberação máxima desta substância ocorre durante o orgasmo, momento no qual todas as células nervosas do cérebro "descarregam" seu conteúdo bioquímico no corpo, promovendo um estado de relaxamento físico total.

"Este prazer gerado na atividade sexual é também fundamental para o bem-estar psíquico, pois é capaz de aliviar tensões, combater o estresse, aumentar a autoestima, o ânimo e o bom humor. O sexo deixa os amantes num estado de felicidade consigo mesmo e com os outros, promovendo um relaxamento e uma sensação fantasticamente prazerosa", comemora a terapeuta.

VIDA LONGA AOS PRATICANTES

Uma vida sexual ativa também pode aumentar a longevidade. O sexo aumenta a expectativa de vida das pessoas na medida em que oferece benefícios à saúde e promove a tonificação de vários músculos do corpo humano, como pélvis, abdômen, braços e pernas.

"Durante a relação sexual, há uma diminuição da pressão sanguínea corporal e um aumento da circulação, combatendo assim o mau colesterol. Deste modo, pessoas que praticam sexo mais frequentemente têm, como dito anteriormente, menos chances de sofrer um infarto ou um derrame. A atividade ainda traz relaxamento, combate o estresse da vida moderna e, consequentemente, promove melhor qualidade da saúde integral. Isso tudo aumenta a expectativa de vida da pessoa", conclui a terapeuta.

No entanto, é importante derrubar o mito de que a frequência das relações sexuais é um dado importante para uma boa saúde sexual. A especialista defende que a quantidade de sexo depende exclusivamente do desejo do casal. Segundo ela, quando há um descompasso entre o desejo de ambos, é preciso investir no diálogo, para que todos fiquem felizes e satisfeitos.

SEXO CASUAL TAMBÉM FAZ BEM

Um recente estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, revelou que jovens que costumam praticar sexo casual apresentam o mesmo nível de autoestima, satisfação emocional e bem-estar que o grupo de pessoas que mantêm relações estáveis. Para a especialista em sexualidade humana, este resultado derruba o mito de que o sexo casual atua negativamente na saúde emocional de quem o pratica.

"No entanto, é preciso ressaltar que este tipo de atividade sexual, além de aumentar os riscos para a saúde física - com a possibilidade de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e violência e abuso sexual - pode causar uma avaria emocional, caso o praticante não tenha o equilíbrio emocional necessário para evitar um envolvimento afetivo, talvez não correspondido. Nesse tipo de sexo, em que os parceiros mal se conhecem, é preciso ser emocionalmente equilibrado para degustar a experiência na medida certa. Caso contrário, uma ressaca emocional com o gosto amargo da solidão será inevitável", pondera Antonieta.

MULHERES E SEXO

Ao que tudo indica, os benefícios do sexo podem ser sentidos ainda com mais intensidade entre as praticantes do sexo feminino. Na mulher, a atividade pode diminuir a TPM e as cólicas menstruais. Isso acontece por que durante o ato sexual o corpo libera endorfinas e serotonina, além de aumentar a circulação sanguínea na região do períneo, por meio dos exercícios físicos vigorosos do sexo. Tudo isso gera uma sensação posterior de relaxamento, prazer e bem-estar.

"Na fase da excitação, o corpo da mulher libera um chamado estrogênio, que faz bem para a pele, tornando-a mais viçosa e menos flácida, além de melhorar o aspecto do cabelo, que fica mais brilhante", analisa Antonieta.

Fonte: 
http://www.personare.com.br/sexo-faz-bem-para-corpo-e-mente-m1753

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quinta-feira, 2 de julho de 2015

O que é o Transtorno da Aversão Sexual?




Após uma tentativa de suicídio, William, com pouco mais de 40 anos, recebeu indicação médica para fazer terapia. Ele nunca havia tido qualquer tipo de contato sexual.
Semanas após o início do tratamento, o paciente obteve um diagnóstico. Ele tinha o chamado "Transtorno de Aversão Sexual", caracterizado por rejeição extrema e persistente a todo tipo de contato genital com outra pessoa.

"A mera ideia de um ato sexual gera asco, repulsa e ansiedade na pessoa. Ela se sente ameaçada e passa a sentir um medo muito intenso, por isso faz o possível para evitar todo tipo de contato", disse à BBC o psiquiatra Martin Baggaley, diretor do Centro de Saúde Mental do hospital South London and Maudsley, em Londres, Reino Unido.

O transtorno é descrito no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em tradução livre), conhecido como a "bíblia da psiquiatria", e na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As duas publicações são referência no mundo da saúde para o diagnóstico de doenças.
"O critério para fechar diagnóstico é: não ter desejo incomoda? Sabemos que existem abstêmios, chamados assexuados. Não sofrem, não se preocupam. A libido provavelmente está depositada em outra área, na carreira, num projeto de vida, numa obra social. Então, se não incomoda, não vamos categorizar como uma doença", disse à BBC Brasil Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

"Mas se a pessoa tem aversão, muito provavelmente vai se incomodar, porque o sexo está em toda a parte", disse Abdo.

De onde vem?

Este parece ser o caso do paciente William. Durante as sessões de terapia, ele revelou que sua mãe era alcoólatra e promíscua.

Ela flertava frequentemente com os amigos do filho e tinha sido infiel ao marido (o pai de William) várias vezes. Quando William tinha 12 anos, seu pai cometeu suicídio. Em algumas ocasiões, contou o paciente, a mãe tinha tentado seduzi-lo.

O caso de William foi um entre 144 incluídos em um relatório feito pelo especialista americano Patrick Carnes, autor de vários livros sobre transtornos sexuais.

O trabalho identificou, entre pacientes diagnosticados com o Transtorno da Aversão Sexual, alguns pontos em comum. Por exemplo, eles tinham históricos de depressão, além de terem sofrido tipos específicos de abuso.

A aversão estaria relacionada a "experiências traumáticas na infância, famílias desestruturadas, agressões na vida adulta, exposição a sistemas educacionais e morais restritivos e com visão negativa da sexualidade, o que gera medo e repulsa na pessoa", disse à BBC Modesto Rey, ginecologista da Sociedad Española de Contracepción.

Além do Sexo

Os efeitos desse transtorno não se limitam ao plano sexual, explicam os especialistas.

"É um problema para os que sofrem (do transtorno) porque podem querer estabelecer relações sentimentais duradouras com outras pessoas, mas não conseguem", disse John Dean, ex-presidente da International Society for Sexual Medicine (Sociedade Internacional de Medicina Sexual, ISSM na sigla em inglês).

Em alguns pacientes, ele pode dificultar até interações sociais mais básicas. Como no caso da paciente "G", que decidiu, aos 39 anos, procurar terapia no Center for Healthy Sex (Centro para o Sexo Saudável), em Los Angeles, Estados Unidos. Ela nunca havia tido relações sexuais.

A fobia sexual que desenvolveu fez com que se isolasse de tal maneira que ela passou a evitar eventos sociais e situações em que homens pudessem estar presentes. Não se preocupava com sua aparência física, não tomava banho e usava roupas velhas e gastas.
"G" havia sofrido abuso sexual na infância.

Estatísticas e Tratamento

Há poucos estudos científicos sobre esse transtorno, o que dificulta a identificação de um perfil do paciente que tem o problema, segundo especialistas. É provável que o número de pessoas afetadas seja maior do que se pensa, disse o psiquiatra Baggaley. "As pessoas sentem muita vergonha (de falar sobre) esse assunto", explicou ele.

A professora da USP Carmita Abdo disse que, uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é feito à base de terapia sexual e, quando necessário, medicação.

"A linha de terapia sexual é breve, de base cognitivo-comportamental, geralmente", disse. "Quanto à medicação, depende da necessidade de cada paciente. Poderiam ser indicados ansiolíticos ou medicamentos que favoreçam o interesse sexual, ou ambos."

O ginecologista Modesto Rey, que também indica terapias de base comportamental, explicou o princípio por trás da terapia:

"Aborda-se o tema e as situações que provocam medo de forma progressiva e, inicialmente, periférica."

Também podem ser usadas terapias cognitivas, ele disse, "para que a pessoa reinterprete a realidade que gera a ansiedade".

Outros especialistas sugerem que a solução para o problema envolva tratamentos psicológicos de longo prazo, que levem o paciente a entender as causas do transtorno para depois definir objetivos futuros.

Fonte:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/05/o-que-e-o-transtorno-da-aversao-sexual.html
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Entrevista - Programa Boteco na TV - Dia 24 de junho de 2015







Boa tarde!

Quer saber um pouco mais sobre a Sexualidade Humana, em um papo descontraído e informativo?
Programa Boteco na TV, gravado no Bar do Coronel (São José dos Campos), no dia 02 de junho de 2015

Acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=hzwU8rOSs9g

Abraços, 

Marcia Eliane
Psicóloga Clínica e Especialista em Sexualidade Humana

sábado, 6 de junho de 2015

Falta de libido na mulher





Mesmo neste início do século 21, a discussão franca e aberta entre marido e mulher sobre a falta de vontade sexual é rara e difícil. Uma minoria das mulheres casadas ou em vida quase conjugal seja em namoro ou como companheira constante do mesmo homem, estão prontas a declarar “eu não tenho vontade de fazer sexo”.

Por inibição, vergonha, timidez ou medo de perder o companheiro, preferem fingir que tudo está normal. A palavra libido foi introduzida por Freud para definir uma força interior, poderosa e atuante, que exercida tanto pelo homem como pela mulher, leva a um relacionamento harmonioso e permanente. Desde a época dos estudos iniciais de Freud e Jung, no entanto, notou-se que as mulheres queixavam-se de perda do desejo sexual com maior frequência do que os homens.

Na época pela repressão da sexualidade feminina não era de se estranhar que parcela importante de mulheres se queixava desta falta de libido.  Mas com a liberação sexual que ocorreu nos séculos seguintes, com a vinda da pílula anticoncepcional, com a progressiva liberação de se falar e discutir aspectos íntimos da vida sexual é de se estranhar que um porcentual relativamente grande de mulheres não tenha vontade sexual.

As mulheres que exprimem esta queixa são variáveis para cada país, para cada grupo étnico, para cada segmento de classe social. No Reino Unido concluiu-se após extensa pesquisa junto aos Centros de Primeiro Atendimento que cerca de 40% das mulheres se queixam de queda da libido. Seguramente este número é enganoso, pois se baseia somente nas perguntas básicas sobre vida conjugal e não abrange a imensa maioria das mulheres sem um relacionamento permanente. Provavelmente na Itália, na França, no Brasil este porcentual seja menor, embora as estatísticas são restritas a clínicas e consultórios.

Quais as causas?

As causas psicológicas, sem dúvida, ocupam o primeiro lugar em mulheres com queda da libido. É muito comum a depressão chamada endógena, isto é, que têm origem em conflitos psicológicos não resolvidos e que levam a mulher à tristeza, à falta de ânimo, ao cansaço constante, ao choro por qualquer motivo.

A mulher atual sofre com constante stress, reuniões do nascer do dia até tarde da noite, com metas a cumprir, com objetivos estabelecidos e sob o jugo do esquema que visa resultados, não terá tempo ou disposição para exercitar o seu desejo sexual, estando sempre cansada ou com dor de cabeça. No fundo esta supermulher está exausta.

Outra causa de falta de libido (que espero que seja rara) é o abuso sexual durante os anos escolares, no início da adolescência ou tentativa de estupro. Os psicólogos nos indicam que a falta do desejo sexual na mulher pode vir de trauma nas primeiras relações sexuais com um parceiro totalmente bruto, desagradável, e egoísta. A ansiedade de ter uma performance sexual adequada também pode diminuir a libido e inibir o orgasmo.

Fatores físicos como obesidade, imagem corporal negativa, dificuldades físicas no ato sexual devida ao excesso de peso passaram a ser um fator importante em países como os Estados Unidos com altíssimo índice de obesidade. Obviamente o oposto – a mulher em desnutrição protéico-calórica – não terá condições físicas para ter libido normal.

Na fase pós-parto, em aleitamento, com níveis de hormônio chamado prolactina muito elevado na circulação, há um bloqueio hormonal do desejo sexual. Dentro da mesma linha hormonal a hipófise pode secretar, fora da fase do aleitamento, um excesso de prolactina por um pequeno adenoma (micro tumor). Este excesso de prolactina bloqueia o desejo sexual da mulher. No hipotireoidismo (falta de hormônios da tireóide) existe uma apatia física e mental resultando em queda da libido.

Finalmente todas as mulheres secretam os seus hormônios femininos (estradiol e progesterona). Adicionalmente hormônios tipo masculino (testosterona) são igualmente secretados pela mulher em pequenas quantidades. Aceita-se que a Testosterona na mulher tenha um papel importante no desejo sexual e no orgasmo. A redução da libido pode, também, estar ligada a medicação utilizada, seja por fármacos, antidepressivos, ansiolíticos, bloqueadores da adrenalina e tantos outros. O abuso de drogas ilícitas, obviamente, leva a queda da libido tanto quanto o uso exagerado e constante de álcool.

O tratamento

O tratamento psicológico deve ser um primeiro passo. Neste campo as fantasias sexuais, história de abuso sexual, áreas de atrito constante com o parceiro, excesso de trabalho, stress total, fadiga constante, deverão ser percebidos, diagnosticados e, se possível, eliminados.  O aconselhamento conjugal sempre deverá ser realizado em conjunto com o parceiro e uma franca discussão, um amplo entendimento, uma total exposição dos problemas.

O uso de Testosterona para melhorar o desejo sexual na mulher veio com as mulheres menopausadas (que não produzem hormônios) frequentemente exibirem queda da libido. Estudos realizados nos EUA em cerca de 600 mulheres em menopausa já em reposição hormonal com estradiol (ou similar) foram instruídas para usar um adesivo cutâneo contendo Testosterona na dose de 0,3mg, diariamente. A testosterona atravessa o tegumento cutâneo e passa para a circulação.

Cerca de 400 mulheres completaram os seis meses do estudo. Todas notaram melhora na função sexual seja na libido, no prazer, no orgasmo e na satisfação sexual. O nível circulante de Testosterona foi mantido em valores relativamente baixos para evitar efeitos colaterais como excesso de pelos e acne, além de efeitos somáticos (musculatura). Estes dados confirmam que a introdução de testosterona pode elevar o limiar para uma libido mais atuante tanto em mulheres na menopausa com aquelas em fase de vida fértil.

Fonte:
http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/hormonios/falta-de-libido-na-mulher/

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